segunda-feira, 11 de novembro de 2013

universo singular de clichês sinceros

"a gente é diferente mesmo...
e não tem que concordar com tudo"
a gente ama e as vezes não pensa.
enquanto o amor nos grita e não nos dispensa
e nem o silêncio do amor é mudo.

que lindo que a gente ama!
ama e não perde, quando ama, compartilha
ama e não divide, ama e não subtrai,
quando ama, a gente brilha
e quando a gente ouve, calam os "ais"

que lindo esse amor de excesso...
que nos cuida, liberta, mas também prende
que cria, educa, e na prisão, nos surpreende
amor que não falta e que nem compensa,
mas amor que excede, transborda, e faz até ofensa.

ah, esse amor sem condição...
que a gente cutuca, põe à prova, questiona
que a gente até duvida, mas ele não abandona
que vem amando a gente, desde antes do nascimento
que xinga, impede, reclama, mas ama até em sofrimento

esse amor que as vezes se engana,
mas que não emudece
esse amor que é de família,
amor que nunca perece.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

tempo


pra passar junto
pra discutir o mundo
pra fazer nascer
pra ver crescer
pra sentir medo
pra cochichar segredo
pra revelar desejo
o seu e o meu
e pra te enxergar assim
mais perto de mim

(texto de 15/09/2013)




terça-feira, 5 de novembro de 2013

imperativos

encontre motivos para saber o que quer por perto, pra viver o que gosta, e se inquietar. encontre emoções e desafie as razões do tempo, do ambiente e de tudo o que sobre você insistiram falar. convide o tempo para dançar, acelere os passos ao som da valsa e não tenha pressa, medo, nem vergonha de dançar descalça. se quiser, insista em dois-pra-lá/dois-pra-cá. escute os amigos, os amores. questione os inimigos e os rancores. as vezes é bom fazer faxina, jogar fora ou reciclar. vale a pena revisitar. conversar sobre vizinhos, educação, sexo, adoção. . pode se mexer, se arriscar. pé na nuvem, cabeça no chão. entenda que ainda vai se surpreender e se encantar com o que e com quem vai encontrar. converse com o desconhecido, estranhe o familiar. solte o choro contido, e ria até chorar. passe horas ao telefone, fale até o que pretendia silenciar. aproveita a companhia e durma para não ver a conversa acabar. se sentir saudade, em sonhos o encontro pode continuar. vale ainda estudar, investigar sobre o que gosta, e vale deixar pra depois quando o tédio chegar e o estudo ficar uma bosta. agradeça a oportunidade, a ansiedade e a paciência que se nos dá. seguindo ritmo próprio, sem tanta pressa, não há que se afobar. sei lá, se joga na vida, acho que ela não pode esperar.

sábado, 5 de outubro de 2013

torta maneira das Cuervo

dia de moby, era uma vez
uma larica fome, numa casa de três
o tempo era curto, a pressa era 'mucha'
alguém tem a ideia e então 'desembucha'

pra animar a quinta feira
nada melhor que uma torta maneira

receita de família, não pode ter erro
pode por a mesa
frango, carne ou calabresa
pega o que ver primeiro

pro recheio ficar ousadia e alegria
use milho, tomate ervilha e azeitona
calabresa triturada, vai na fé, minha filha
pode bater ouvindo um som de Madonna

preparar a massa não é um perigo
porque a gente é lerda e ficou um arrebento
ovos, óleo, leite, farinha de trigo
até queijo ralado pode por ai dentro

a massa é assim, molinha mesmo
a gente avisa pra galera não ficar assustada
antes de sair tacando na forma
certifique-se que a danada esteja untada =D

três nega descoordenada
montando a torta mega recheada
tire a mesquinharia do seu coração
e faça o favor de abusar do requeijão
a gente não é rica no estilo "Amaury" *
se tivesse dinheiro, a gente usava catupiry

depois que geral poe a mão na torta
e nem acredita na gracinha que ficou
30 minutinhos. põe a bendita no forno
e acaba com a fome que quase te matou

muito segredo a gente não precisa,
não tem choro, não tem vela, não tem dor
uma casa onde vivem três amigas
pra dar certo, só precisa de amor

então vai lá querida cambada,
faz a torta da nossa república
a gente jura juradinho, garotada
que ela vai rechear uma noite única.

*Amaury Jr., socialite nacionalmente conhecido 
por ter um orçamento bem melhor que o de um universitário perdido.








quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Nf,s :)


sorri pra oportunidade
arrisca e erra.
conhecida, estranha ou amizade?
tanto confunde que emperra.

dá palpite contraditório
desiste querendo avançar
volta atrás por ter se enganado
estaciona mas não quer esperar.

desiste de se conhecer
talvez nem mais se reconheça
deixa  o outro te perceber...
baixando guarda demais: esqueça!

convoca os soldados e o outro
com medo de errar, se prende,
se arma de novo
quer arriscar mas reluta
já que não sabe, defende

gosta, quer
teme, duvida, recua
não assume, mas sabe o que é
há de ser saudade sua

quer mesmo é ser teimosa
ainda que pareça criança
afasta o que não gosta
então canta, escreve, dança

mas dança sozinha
não sabe dançar a dois.
pensa, inventa, convida
demora? agora ou depois?
isso já. a sós. com vida

sem música, sem som,
sem graça
e a timidez  assim é um dom
que é bonito também porque passa.

risada alta, sorriso torto, e a voz...
quem vê? quem ouve? quem sabe?
não sabe. na verdade não importa.
aqui valem apenas os laços
e em meio a essa história torta
os laços são feitos de nós     :)      

-nicefive,sweetie.s2

terça-feira, 10 de setembro de 2013

terça-feira, 3 de setembro de 2013

peixe-vivo

Claro que tem outros peixes que aqui podem se encaixar, mas hoje é por causa desses dois que eu decidi falar: um peixe amigo e muito querido, não tão íntimo; e outro peixe que não só é íntimo, como sempre foi também amigo.

Que jeito lindo de enxergar as águas de todos os rios por onde vocês decidem passar! Lindo mesmo!
Que jeito lindo de ver beleza onde ela está escondida, de ver sol atrás das nuvens, de ver potência no medo, no inseguro e na solidão.
Lindo isso de ser objetivo e se confundir com metáforas, de não querer complicar aqui e evitar reclamar lá. Que jeito lindo de se inquietar e inquietar a todos.
Que jeito lindo de, até na hora de ser implicante e chato, não esquecer de amar. De amar e odiar a angústia, de acreditar e investir na própria intuição. Que jeito lindo despertar o criativo, o novo, o audacioso (também em si, mas principalmente no outro).
 Que jeito lindo de ser humilde, de ser modesto, de ser humano. De desistir da vida agora e decidir começá-la tudo de novo, como se ela não tivesse fim.
Hoje eu não queria  dormir, se não fosse assim, elogiando vocês peixes, que tanto têm me ensinado não só a nadar, mas também a me afogar em mim <3

... Como poderei viver sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia?

sábado, 31 de agosto de 2013

Quebrar-se


nas regras que você mesmo impôs mas detesta seguir,
nos medos que você alimenta antes, agora e depois de ir dormir,
nas músicas de letras feias que você não pára de ouvir,
nos filmes mentirosos de finais felizes com que você insiste se iludir.

Sai dessa


Faz amizade com a vida,
dá as mãos pro mundo,
se apega em você
desencana de descobrir quem  é
todo os dias, a cada segundo
Que a gente é raso e não é coeso,
e na superfície é que está o profundo.

Sem pretender ser, sem compromisso
Sim, deve doer,mas quem escapa disso?
Vive, vai vivendo, vai "sendo"
E a dor, sei lá, vai esquecendo
Que a vida é boa mas tem que ser ela toda, não em etapa
Não tem roteiro, ninguém ensina, nem segue mapa.

Que o desejo de todo mundo
acho que é mesmo híbrido,
lá no raso-fundo que compomos.
Em sonho gesto e pensamento fecundo.
Bom é se sentir "vívido",
Sem precisar saber quem somos.



quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sem pretender ser, sem compromisso
Sim, deve doer,mas quem escapa disso?
Vive, vai vivendo, vai "sendo"
E a dor, sei lá, vai esquecendo
Que a vida é boa mas tem que ser ela toda, não em etapa
Não tem roteiro, ninguém ensina, nem segue mapa.

Que o desejo de todo mundo
acho que é mesmo híbrido,
lá no raso-fundo que compomos.
Em sonho gesto e pensamento fecundo.
Bom é se sentir "vívido",
Sem precisar saber quem somos.


Sobre as aulas da T.O.

Sair do determinismo psíquico da psicanálise e compreender mente e corpo sendo realmente indissociáveis tem sido um processo desafiador e prazeroso para mim. É como se eu precisasse me afastar um pouco da Psicologia e suas maiores “verdades” (entre muitas aspas) para poder questioná-la, criticá-la e novamente achá-la bonita e válida para mim, para minha prática profissional.

A vivência desse módulo parece ter me apresentado substratos para admitir aquela noção primeira que eu tinha de psicologia, dentro das idéias (que eram apenas impressões que eu tinha) de empatia, escuta, acolhimento e até mesmo do que pode ou não poder ser uma intervenção. O vídeo no qual acompanhamos histórias de psicóticos veio a mim sublinhando a importância de se observar o outro através dos seus gestos, das expressões do rosto, das formas de se curvar o corpo, do passo reticente, das mãos agitadas ou do olhar fixo e fugidio ao mesmo tempo.

Poder me dar conta, não somente de que o corpo fala, mas de que pode ser que ele seja o único a falar, me preocupou muito em relação a minha profissão, e a minha compreensão de mundo. Eu estaria pronta para entender e lidar com o que me é dito em silêncio? O universo paralelo de um psicótico sempre me encantou, bem como algumas visões de mundo que se apresentam a partir deles. Mas como eu daria conta de acolher alguém em sofrimento, sem que esse alguém falasse comigo, na minha linguagem?

Nesse sentido, a aproximação com a linguagem do corpo, com a linguagem do rosto, tem sido extremamente rica. As propostas interventivas que os estudantes de TO apresentam durante as aulas, sendo aceitas ou não pela professora como terapêuticas, em si, nas suas intenções já me alertam para novas formas de me relacionar com o universo particular do outro. Tenho me apresentado para um universo de novos signos, de novos códigos, no qual eu ainda sou leiga, mas que já desperta em mim imenso interesse e admiração, amparados pelo conhecimento adquirido e desconstruído no módulo.

Quando discutíamos ansiedade, a professora perguntou o que faríamos com uma pessoa que se mostra extremamente ansiosa na nossa frente. Lembro-me que respondi para mim mesma, mas a voz acabou saindo em voz alta, que eu daria um abraço nessa pessoa. Fui acolhida na minha própria ansiedade a respeito do que fazer com alguém ansioso em minha frente, e tive como resposta da professora que “sim”. Que às vezes um abraço é pertinente, por sua capacidade de “dar contorno” a alguém que se encontra disperso, desmanchando...  Entendi a razão, não mais de ter me matriculado, mas de ter permanecido nesse módulo, nesse momento.

Dentro dos dogmas aparentemente liberais da Psicologia, nem sempre se enxergaria com bons olhos a idéia de abraçar alguém, no sentido de ‘contorná-lo’ enquanto ele se desmancha. Na própria psicanálise, que eu gostava e ainda valorizo bastante, o abraço poderia ter uma série de outras representações e funções, que não fossem essa, de acolher alguém que se mostra vulnerável. Poderia até ser encarado com desconfiança, dependendo do caso, em função da “transferência”, da “resistência do paciente” ou das centenas de questões que encontrariam subsídios teóricos numa infância distante, enquanto o sujeito se desmantela e tenta dar conta de si próprio sozinho no presente.

Atos são pássaros engaiolados,
sentimentos são pássaros em vôo.
(Mário Quintana)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Incomodar-se


com a sua posição acomodada,
com a realização dos seus desejos,
que de autêntica, tem quase nada,
com o que você quer manter perto, mas vai
com o que você quer longe, mas fica,
com o grito de suplício dos seus ais
e com esse monte de convenção.
O que significa?

sábado, 17 de agosto de 2013

em busca de meios-tons para dar conta dos nossos excessos
quando viver em exagero pode ser mesmo pros mais espertos

terça-feira, 13 de agosto de 2013

queria vir aqui e escrever
sobre arte, silêncio, saudade, solidão
queria vir aqui e perceber
como arde a mentira, , a verdade, a ilusão
queria vir aqui e dizer
que eu sou forte, segura, céu sem escuridão
mas não ouso nem vou me atrever
a negar que sou poço profundo de desrazão

segunda-feira, 22 de julho de 2013

intenções

Tenho em mim a ansiedade, angústia, necessidade de me encontrar com as minúcias do mundo. De me encontrar, por exemplo, com os grãos de areia que compõem uma praia. Não quero pisá-los, apenas. Mas tocá-los, senti-los por entre meus dedos e reconhecê-los em sua textura, forma e singularidade, compondo a imensidão do chão amarelo em que meus pés descansam. Longe de preservá-los num pote de vidro que enfeite a estante da minha casa, apenas. Quero enxergá-los em sua totalidade e deixar também que o resto do mundo os enxergue. 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Que o tempo dessa vida vem e passa
Mas pra passar ainda demora.
Insistente, ele chega e te abraça
Quer te impedir de ir embora.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

finda ainda





Hoje quis saber dessa saudade...
Olhei pra lua e ela me sorriu
Como dissesse em sincera amizade:
"aquiete o peito que finda, viu?!"

sábado, 6 de julho de 2013

"Diz muito, hein"

Muito, mas diz menos do que diz você,
que costuma sempre sabiamente dizer.
"Digo na palavra?". Sim, também
mas principalmente diz na companhia
na ausência, na dor e na alegria.
Você me ensina um jeito de viver

Que seus dizeres nunca se calem, hein?!

domingo, 30 de junho de 2013

mazelas do bem maior


Surpreender-se com toda a ternura do amor de quem te ama
lambuzar-se no carinho doce e deixar o ódio amargo de lado
deixar o amor e sua tinta fria pintarem e aquecerem sua face
inventar junto um amor ainda que assim, com cara de ilusão

E acolher consigo o medo antes escondido debaixo da cama
sorrir lágrimas em colo receoso e ainda não estar desamparado
abraçar os olhos de quem te acolhe e impedir que o amor passe
entender que o amor é mesmo assim, mergulhado na contradição


mãe <3


quarta-feira, 26 de junho de 2013

co(m)sentimento

do jeito que veio, foi
nao tinha intençao de ser bonito, nem de ser bom
mas tinha que ser
e tinha que ser agora
pobre dessa nossa correção automática
insistindo em dar conta do nosso jeito torto
de se alinhar em meio a tanto desalinho

pobre dessa nossa espontaneidade cercada
insistindo em pintar de transparente
a relação colorida que dá asas pra gente,
dois passarinhos no ninho


Notas Intensivas

Não fosse a faca dançante presa entre os dedos, ela estaria desarmada? 

Conversa pra caramba. 
Carambola vai, carambola vem. Descasca-se uma fatia de espontaneidade e... carambolas!
Verdades, confiança, fé e medo. Devoção.  A mesma faca e outras danças. A mesma faca e uma dança. Os mesmos dedos?

A voz dela anuncia: “Lázaro vivia de restos da comida dos ricos que caía no chão. Ele foi para o céu.”
E minha memória resgata: “eu tenho pouco. Queria ter menos ainda”.  “Eu gosto é de pobre. A pessoa... quanto menos ela tem, mais eu quero bem”.
Coloridas, assim, foram doações e caridade. São apreciadas, mas pareceram ter se tornado, com o tempo, menos freqüentes e mais intensas, mais “bonitas” e docemente penosas. Seria o preço de envelhecer?

Caridade, caridade, caridade.
Cara idade.

Toda a muita ou pouca, mas cara, idade que simboliza uma vida:
-“A vida da gente... quando a gente a gente é novo, ela é bonita. Mas essa vida mesmo, essa vida é velha!”

Penso que “velha” mesmo, no sentido que minha querida velha me explicava, seria a vida ausente dessas simpáticas velharias...

Velha seria a vida inércia, a vida oca que à alma emudece. 
E ainda assim, não o afirmo.
Velha seria se amor não tivesse, se a própria vida ela não quisesse. 
E mesmo assim, não sei se concordo comigo.
Velha seria a vida se nada dela se fizesse, se nada nela se doasse, 
e, ainda assim, não o assino.
Velha para ela, no entanto, seria sempre e cada vez em que se tratasse da vida dela. 
E na certeza bruta em tudo que ela fala, aí é que mora o perigo.


Ela se pinta -com tintas que em parte foram colocadas em suas mãos- num mundo anunciado de paradoxos e negações. Nego-as quase todas: “Não gosto de comer, nem mesmo fruta.” – e come duas carambolas; “Não gosto de música, nem de cantar” – e conta das emocionantes canções de Simão Dias, ou ainda do romance sertanejo de Leandro e Leonardo; “Não gosto de bolo” – mas elogia a mão sempre acertada de Marivalda ao preparar os melhores bolos que ela já comeu; “Não gosto de gente sem ação” – mas elogia carinhosamente a moça sem ação que vinha sendo feiamente desenhada pelo genro...

Eu a pinto –com tintas que me foram emprestadas pela centelha de espontaneidade dela- num universo velado de gostos e afirmações. Simpatizo e acolho-as em mim, quase todas: 
na recepção com ternura; na conversa com simplicidade e no tom conselheiro, tom de quem cuida; na insistência em compartilhar – alimento, religiosidade, opinião; na simplicidade de doar – sabonetes, biscoitos, tratar como irmão... Do outro espera um pouquinho e de si, discretamente, entrega um montão.

Essa velha rica, bonita, bonita, bonita, “bonita como uma flor”, me alcança e me desdobra. E me redobra... e des-dobra. Eu com ela,  passada, e ela me amarrota. Doce anedota.

Me desperta pro “não” incompreendido no rosto; me faz buscar o “sim” talvez desde o início já posto e me coloca a questionar o projeto que nas entrelinhas, já se colocou em ação, semanalmente e com muito gosto.

domingo, 16 de junho de 2013

a música de dentro

Imagine uma canção
Imagine tocá-la desatado de todas as conhecidas e antigas cordas
Despretensioso, destemido, desarmado
Despido de técnica e afinação
Desafinado

Imagine o som do mar, a imensidão
Imagine-se inundado pela união de cada sílaba, cada acorde e notas
Pergunta-se, perturba-se, percebe-se
Perdoa-se pela cegueira de até então
Permite-se

Imagine-se uma canção :)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

tresevinte

Somos egoístas. Atropelamos do outro o sonho, fazendo mau uso da nossa coragem.
Somos egoístas. Entregamos o pouco que temos para fugir de conflitos. Hostilizamos ainda os que, impelidos de paixão, se arriscam e agem.
Somos egoístas. Não reconhecemos discursos que muito nos contemplam, pela vontade vaidosa de que fôssemos nós os autores.
Somos egoístas. O altruísmo para existir depende primeiro da própria integridade comprometida, e do próprio orgulho mergulhado em dores.
Somos egoístas. Vítimas de um cenário opressor que nos coloca de armas nas mãos e olhos vendados.
Somos egoístas. Reforçados ao atirarmos uns nos outros. Deslocando "culpas" para outros que assim como nós, estão vendidos e ridicularizados.
Somos egoístas. Somos ainda carentes de vida, de humanidade e de amor.
Mais do que isso, somos marionetes...brinquedos de um teatro sem a persona do diretor.
Fantoches numa peça em que quem atua e aplaude não é diferente de quem vaia ou assiste.
Somos egoístas. Somos também deficientes, cegos, aleijados. Em verdade estamos todos doentes e sinto que nada é mais triste.

domingo, 9 de junho de 2013

Recíproco

- Eu tenho sentido seu cheiro por aí...
- Eu também!
:)
Como é bom saber que a gente não ta pirando sozinho.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

(Que) Nada como(a) as palavras

    A vida parece um apanhado de acertos e erros. Eu poderia passar horas a fio definhando meus erros e remoendo cada um deles. Mas hoje não. Hoje eu me sinto afortunada por um acerto desajustado que em algum lugar do tempo passado, cometi. 
       Me aproximei da TS.
      Ainda que não soubesse, naquele momento, me aproximei de mim. Hoje eu tenho a oportunidade de me deleitar em encontros sutis, levez e bonitos. Encontros com sensibilidades que de alguma forma, me dirigem em mim. Ah, esses encontros!
      Sou grata à vida que me apontou o sentido que eu precisava seguir para que eu penetrasse "surdamente no reino das palavras". Sinto-me cada vez mais perto dele, e reconheço os encontros ímpares que tenho vivido como alicerces que me permitirão responder que "sim" quando as palavras me perguntarem se eu trouxe a chave para chegar mais perto delas e contemplá-las.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

várias dessa = você

pequeno universo de alteração hábil a modificar ou requalificar o objeto principal a que se prende

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Preocupação

Pré-ocupação;
ocupar-se antes;
ideia antecipada;
sinônimo de obsessão...
"tão eficaz quanto mascar chiclete para resolver problema de álgebra".


melhor viver, meu bem :)

domingo, 26 de maio de 2013

da música


A inspiração que vem da música é semeada na musicalidade do artista, brota na sensibilidade da sua alma e desabrocha em flor, pétala a pétala, o colorido singular e autêntico das sensações plurais e comuns que nele, ontem, eram botão.

é isso que eu acho :)

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Caso X

"Só vou falar com eles um pouco, que eu não gosto de gente civilizada, gente metida. Gosto de gente humilde. Eu gosto de pobre. Comigo é assim: quanto menos a pessoa tem, mais eu quero bem!"

"Eu tenho diabete, hipertensão, depressão... Agora vê essa moça... essa moça é muito bonita. Bonita feito uma rosa! Sendo bonita desse jeito, me diz, menina, o que é que você tem?"

"-Eu tenho depressão. Você sabe o que é depressão?
-Sim, eu sei.
-Ah,  você também tem?
-Não, mas é que tem um pouco disso que eu estudo.
-Então você não sabe. Quem estuda não sabe. Quem sabe, tem. 
(...)
 Se eu durmo bem? Sabe o que é deitar e não se por a dormir? 
É isso que é depressão. Depressão é medo... é um medo que a gente tem. 
Um medo escuro e feio, que não vai embora. E todo dia a gente não dorme. 
E todo dia a noite vem."

"Esses são meus irmãos. Essa é a mãe do Luis. Essa aqui é minha prima, mas ela também já morreu... É que essa gente vive morrendo!!"


...e a gente segue assim. 
Sentindo o gosto bom da surpresa.
Com a vida sendo feita de encontros, 
os encontros sendo regados a afeto, 
com as pessoas nos atravessando o trajeto
e nos orientando o viver.
Ainda que o façam na cegueira do saber,
ensinam com  simplicidade e encanto
a beleza que tem tanto
nessa gente 'bonita feito rosa'
gente que 'vive morrendo'
essa vida desgostosa,
mas não cessa de viver.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O íntimo e a língua

Paradoxo
Antítese
Sinestesia
Anáfora
Metáfora
Elipse
Inversão
Ironia
Hipérbole
Prosopopeia
Literatura.

Litera,
Tua

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Para mim, você


Para dizer o indizível, e fazer durar a mudança.
Para racionalizar o afeto e captar o instante.
Para me enxergar adulta, e me fazer sentir criança
Para inventar o brinquedo e curti-lo delirante
Para entender o incompreensível e fugir do inevitável.
Para compreender que a vida não se pretende mensurável
E com isso rir de chorar, e chorar de rir
Sem fugir de clichês e filosofando apenas por existir.
E fazê-lo com alegria, dispensando a solitude
Para abarcar alegria e tristeza, saudade e completude
Para o escuro que vem do Sol e o clarão que a Lua anuncia
Para os gritos que emergem no peito e para os que a alma silencia
Para os (re)sentidos e para os des-nexos, 
para os paradoxos, devaneios e contrários mais complexos
Para um estado que não se esgota em si, para um gostar simples assim
Para a beleza que é você para o mundo, e a maravilha que é você para mim.
s2


"E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais"

(Tomara - Vinicius de Moraes)

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Volte sempre

Vou trocar meus marcadores
de "meu" para "teu"
de "tive um sonho" para "obrigada pela visita"
de "lembrei de você" para "você foi lembrada"
Não sei se você me faz pensar no mundo
ou se o mundo me faz pensar em você
Sei que desde que você chegou
sorrisos, doces, lua, poeias e canções me levam a você
e por sorte você sempre me vem. ;D
Sorriso, olhar, delicadeza...
doçura demais pra um momento só.
Nem chocolate de paçoca deve ser tão bom :)

segunda-feira, 6 de maio de 2013

"(...)
Deixe as despedidas ingratas, a avareza dos outros.
Deixe o que não traz mais lembrança; mentiras jamais acalmam.
Não seremos prisioneiros da culpa e do remorso, não seremos reféns das incertezas.
Incertezas envelhecem, as dúvidas não.
Você cria mistérios, sou mais vivo porque me questiona, sou mais seu porque não para de me perguntar o que aconteceu.
(...)
Felicidade não é para ser vivida sozinha. Sozinha, ainda é segredo.
A felicidade é uma denúncia. Vou denunciá-la com um beijo."
 
 
 
Trechinho do Carpinejar, que vira e mexe ta por ai, soltando coisas que eu queria ter escrito...
Não sei bem o quê, costumam chamar de vida,
ou de viver.
Aquilo que é lindo, mas não é fácil
e insiste em doer.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Insight

Respeita o carinho
Discute o beijo
Enfim, mantém a amizade
(des)cuida do amor.
Solitude e solidão

Agora escolhe o caminho:
Desejo?
Vontade?
Dor...
Sublimação!

Olhe pra frente... Segue...
Difícil? ... Cegue!!
Consegue?
-Por esse caminho não...

Sublime ação :)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

"Chora tua tristeza"


Não se sabe o quê, nem de onde, nem como

Não se sabe a si. Não se diferencia o outro
Ruído, purpurina e silêncio.
Monólogo. Uníssono. Incerto.

Linhas retas espiralando
Mono, rui(m),  uni,  puro,  in, si.
Labirinto lindo que se desenha. 
Só em você.
E você só.

Dores de Amores


Eu fico com essa dor
Ou essa dor tem que morrer
A dor que nos ensina
E a vontade de não ter
Sofrer de mais que tudo
Nós precisamos aprender
Eu grito e me solto
Eu preciso aprender
Curo esse rasgo ou ignoro qualquer ser
Sigo enganado ou enganando meu viver
Pois quando estou amando é parecido com sofrer
Eu morro de amores
Eu preciso aprender


Luiz Melodia

sexta-feira, 8 de março de 2013

Mãe, mulher.



Dia Internacional da Mulher, semana de desconstruir o feminismo na faculdade, a mulherada postando fotos dos chocolates que receberam no trabalho e tantas outras entrando no ônibus com flores e cartões... Resolvi que por mais comercial que essa data seja, eu também quero deixar minha marca. À mulher que me desenhou como criança de história em quadrinhos, que me contornou em traços precisos de alegria e descontração, que me rabiscou em nuances de romantismo e insegurança, mas que me coloriu, um pouco a cada dia, em aquarela de mulher. 
À mulher que é referência de ser humano, atenuando qualquer distinção por gênero. À mulher cuja presença nunca se ausentou, não importa como essa presença tenha sido. À quem me trouxe luz, abrigo, carinho, amizade, companheirismo, colo e Amor. À mulher que me traduz diariamente o que é acreditar em sonhos, ir atrás deles, contar com a família e ser feliz com tudo o que se pode conquistar, sabendo que não estou sozinha nem desamparada, e que tenho em casa toda a força de que preciso para continuar. À quem me ensinou a andar com os meus pés, mas "sobre ombros de gigantes" (além dela, outros três gigantes, especificamente) que me moldam em toda beleza e fragilidade que de algum modo me compõem. 
Faço parte de uma grande família. No melhor sentido da palavra "grande". No sentido de grandiosidade, no sentido de riqueza, no sentido de Amor. E eu bem sei que todo o Amor que rega e que acompanha a mim e aos outros três afortunados como eu, lá de casa, vem dela. Eu bem sei que conheço o Amor, numa de suas faces mais sinceras, plenas e fascinantes, em função dela.
Dona de toda a autenticidade, coragem, vaidade, determinação, capricho, amizade, teimosia, sensibilidade, luta, compaixão, honra e luz. Dona de todo o brilho que de alguma forma ilumina minha estrada. Dona de todo o Amor que por mim, pelos outros e pela vida bate em meu peito. 
Se hoje é dia da mulher, e se há mesmo que se comemorar a importância delas nesse mundão bonito, então poucas mulheres são tão merecedoras do dia de hoje como essa. Minha mãe. Expressão de Deus no meu caminho; fonte de  fé na minha alma; tradução do amor em cada um dos meus dias... mulher da minha vida.



"Mulher..., mulher... Na escola em que você foi ensinada, jamais tirei um 10.
Sou forte, mas não chego aos seus pés!!"

segunda-feira, 4 de março de 2013

Sai de casa com o sorriso maior do mundo. Daqueles que apertam os olhos, impedindo de se enxergar no espelho. Impedindo de se enxergar.
Enche o rabo de brigadeiro, afirma aos sete ventos que está tudo bem.Mais gorda que o normal, se convence de que ta feliz e nem percebe. Nem se sabe.
Na lógica da aparência e do des-enfrentamento, tem covardia com cara de justificada que acaba fazendo todo sentido mesmo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Era aquele dia...


... em que ela estava de coração desarmado para a vida e de janelas bem abertas para o mundo, mas andava com a sensação de que estava fazendo tudo errado ou  pelo menos prejudicando alguém. Não teve encontro nem despedida que não lhe deixasse desapontada consigo. 
Encontros daqueles que circunscreviam sua miudeza e a escancaravam para dentro de si. Encontros dos que faziam colidir a solicitude com o mau-humor, a educação com a rispidez, o sorriso com a lágrima, a indiferença com a atenção... o "ela" com o "ela mesma". 
Despedia-se já de suas "janelas abertas" quando, como que no tempo escorregadio que faz cair a gota de orvalho, chegaram singelas boas novas. O coração se alegrou e a alma até sorriu! Alegria grande e tão descabida, que ela mesma não cabia mais em si.
E então o que restava de seu desarme para a vida a levou a compartilhar as boas novas com um daqueles  poucos que sabem fazer carinho bem lá no fundo do nosso ser: um bom amigo.
Não fosse o desprendimento de si, e de um ideal de acertar sempre com relação ao outro, ela poderia ter cometido erro maior e de maior dano: poderia ter errado com ela, e prejudicado a ela mesma. Compartilhando com o amigo certo, no entanto, recebeu sinceridade e carinho tamanhos que fizeram o seu dia valer a pena.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Plaft


Ela voltava pra casa distraída, tomando chuva pela rua. Cabelo molhado e despenteado pela água e pelo vento, pensamentos todos embaralhados próximos às nuvens que a inundavam...
Se aproximou do farol e escutou do garoto que ali faz malabares qualquer murmúrio que rapidamente interpretou como pedido de dinheiro. Voltando o pensamento de súbito para o chão, respondeu sem muito pensar:
- Não tenho nada, amigo. Perdão.
- OOOOIIII!! ESTÁ TUDO BEM????  - repete o menino, em voz alta e pausadamente, para que ela compreenda de verdade a pergunta que ele lhe havia feito e que ela havia respondido sem ao menos ter escutado.
Desnorteada, ela continuou seu enredo de volta para casa, com as mãos no peito e o pensamento no chão, e o pensamento no farol, e o pensamento no garoto, e o pensamento nela. As mãos no peito, ela sabia, não a ajudariam em nada: ela ainda não se sentia, não enxergava e nem se escutava. O garoto-palhaço-malabarista do farol acabara de abrir um buraco em sua alma... E a alma quando dói, ela dói tanto em silêncio que até ensurdece.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Deixa cair


"A vida é a arte dos encontros, embora haja tantos desencontros pela vida." 
(Vinicius de Moraes)


     Até entendo todo o raciocínio e a verdade que devem existir nos conselhos e teorias que nos motivam a atravessar a vida, aceitando o que ela nos oferece. Nada de desfeitas e ingratidão com uma criança tão singular como essa: a vida. Assim, aceitemos as ofertas expostas, nos permitindo, experimentando. Sofrendo, aprendendo, sorrindo, ensinando, enfim... conhecendo todas as faces, os sabores que existem em existir. 
     Reconhecendo o feitio de lição que habita a solidão, o perigo sedutor que circunda a alegria, o doce sutil que vem no fundo do amargo... as singelas gotas de amplidão preparadas e servidas por essa criança esperta que é a nossa vida. Que se disfarça e se maquia para brincar e entreter nossa travessia, dando a ela mesma um ar complicado, um cheiro lírico, sabor  engraçado, tom policial e textura efêmera.
     Isso quer dizer que tem hora que parece que não dá mais... Mesmo. E a gente até acredita que precisa se ocupar, se distrair, se iludir. Mas na verdade não!
     Pra se entender com a vida, a gente precisa mesmo é viver. 
     Viver de verdade, pro bem e pro mal. Não tem outro jeito! Viver vivendo. Isso inclui todos os contratempos e encontros que atravessam essas veredas todas. Não faz mal sofrer, nem errar ou ter dúvida, medo e insegurança. Em meio a outras vidas, inclusive, é compreensível e aceitável que um ou outro se disfarce em sorrisos que emudeçam o pranto, tanto quanto é compreensível que se demonstre à flor da pele mesmo, todos os sentidos, alegres e tristes que a ele chegam. Não mal nenhum nisso!
 Pode ser que faça mal, tanto uma quanto outra postura, mas essa é apenas uma possibilidade que atrai consequências e nos coloca em débito com a vida, como todos os outros fenômenos que se dão com a gente no nosso caminho. Deve-se apenas tomar cuidado ao se fazer dívidas com crianças, pois elas não esquecem. Principalmente as mais espertas! Sendo assim... tudo isso faz dívidas e traz pendências, mas mal não faz.
     O que faz mal é fechar os olhos pra tudo isso, em nome da insistência de sorrir e fingir que está tudo bem, mesmo quando ninguém se vê por perto para acreditar nessa história. Quando o único espectador da nossa felicidade aparente somos nós mesmos e ainda assim teimamos mentir a dor, tangenciá-la de olhos entreabertos, para não alcançá-la nem reconhecê-la. Não nos dando conta de que tangenciando o sofrimento imposto, atravessamos e nos afundamos na infelicidade e miséria comum, hipócrita e de difícil retorno que é a de não se saber, não "se ser" e portanto não viver.
   Fugir da tristeza pode trazer consequências inda mais graves que fugir da felicidade. Se a vida te traz dor, ela também o faz de bom grado!
    "Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair"...se é pra isso que aqui estamos, então deve-se admitir que sim, vai fazer mal, vai fazer bem, vai fazer rir e chorar, vai fazer duvidar, acreditar, mentir e sonhar, vai fazer realizar, dormir, desistir e acordar... Mas vai fazer valer, vai fazer crescer, vai fazer viver. E a vida não é isso, ora?! Pois que seja! 
    
     E repito: pra se entender com a vida, a gente precisa mesmo é viver.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Autólise


Os melhores autores, poemas, prosas e canções já não mais dão conta da nossa imensidão.
Agora verbalizar é trair o que sente, modificá-lo na tentativa de explicar.
E tem hora que é só na miudeza que se inscreve o sentido.
E as vezes é só no silêncio que se entende o que parece perdido.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


Às vezes quero crer mas não consigo 
É tudo uma total insensatez 
Aí pergunto a Deus: escute, amigo 
Se foi pra desfazer, por que é que fez?
Mas não tem nada, não 
Tenho o meu violão...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Levou os meus planos, meus pobres enganos, os meus vinte anos, o meu coração.
E além de tudo, me deixou mudo um violão.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

"Triste é o cara
Que de amor não morreu.
Como nada perdeu,
Até hoje não se achou!"

15/03, chega logo!! *-*

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Inverno

À sua volta questionam o lenço e o casaco num dia de tanto sol.
Desentendida e inquieta ela se intriga: "mas é inverno aqui dentro..."

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Amar é...

...oferecer nossas decisões para o outro decidir junto, é alcançar o nosso passado para o outro lembrar junto, mas jamais significa se anular.
É vulnerabilidade consciente. É fraqueza avisada.
É entregar nossa solidão ciente de que é irreversível, podendo nos ferir feio, podendo nos machucar fundo.
Não existe nada mais horrível e mais lindo.
 
(Fabricio Carpinejar)

Tem dias

que a gente acorda pra ser invejada.
Mas também tem dias em que a gente acorda pra sentir inveja.

Chato.