domingo, 28 de agosto de 2011

Sobre mim, comigo mesma.

Difícil quando parece que alguma coisa dentro de você não faz muita questão de ficar bem. É como se aqui dentro algo insistisse em ficar magoada, ofendida, chorosa. Toda a minha estrutura, no entanto, está fragilizada, insegura e com a estabilidade comprometida.


Eu não gosto disso. Não estou satisfeita com isso. Essa angústia que só cabe dentro de mim, que não é responsabilidade de ninguém, a não ser minha... essa angústia com a qual eu não sei lidar., isso me incomoda tanto.


Meu sorriso, o mais espontâneo e empolgado, se esconde, por não reconhecer o estimulo que o abriria. Meus pensamentos, todos os dias, entram em conflito com os meus sentidos e sentimentos. Parece que ainda há em mim algo que mantenha a dor e a dificuldade de superar certas coisas.


Meus olhos inquietos querem chorar, sentem o cheiro das lágrimas, mas desistem de deixá-las sair. Eles se apegaram a elas, para não vê-las escaparem, as mantém por perto, asseguram-se de que elas sempre estejam lá.


Tem sido um infortúnio tentar me entender comigo mesma, me questionar, me responder e não me resolver. Procurar outras soluções, outros caminhos, outros conselhos, tentar segui-los e ver que tanto as forças que me impulsionam, quanto as forças que me estacionam estão em mim, se chocam e me fazem regredir


Cada dia mais doloroso me ver sozinha, me imaginar ao mesmo tempo carente e saturada de mim mesmo. Lágrimas chegam aos olhos, não saltam e fazem com que meu coração se aperte e entre em disritmia ao reconhecer em mim mesma as forças que me formam, me transformam e me deformam frequentemente.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Hard day

About my feelings...
Essa semana também está atípica -demais- nesse sentido.
Segunda feira eu lembrei, pensei, senti saudades de momentos, pessoas que eu não gostaria.
Trata-se de uma ferida ímpar.
Não que eu não tenha me ferido depois disso, mas essa ferida... é como se não mais se limitasse a minha pele. Atingiu meu osso, faz parte de mim, e de vez em quando se expõe pra que eu não me esqueça que ela esta ali.
Vive em mim, toda essa lembrança, alguma alegria pelo que aconteceu, pelos sorrisos e suspiros que eu pude dar, mas principalmente essa tristeza, essa dor, pelo rumo que a situação tomou, pela intensidade com que ela me atingiu... Hoje eu consigo pensar com muita frequência, e com determinada segurança, que eu estou exatamente como eu deveria estar. Que em verdade o que eu queria, embora eu quisesse muito, não era o melhor pra mim...
Dói saber que nem mesmo na hora de querer, desejar, gostar, nós o façamos no sentido do que nos faz melhor. Esse assunto de sentimentos, me parece tão traiçoeiro, tão incerto. Agora mesmo... to encontrando TANTA dificuldade pra falar sobre isso.
Não sei bem qual ideia eu quero deixar aqui hoje. Só que hoje é um daqueles dias em que eu não me importaria em ter o que não é o melhor pra mim, simplesmente porque eu quero demais. Me pergunto até se é mesmo melhor assim. Melhor por quê? Melhor pra quem? Melhor em relação a quê?
Hoje é um dia em que eu não me importaria com tudo isso com que tenho me importado. É um dia em que eu sei que seria feliz, sorriria com simplicidade, se você estivesse comigo. É um dia difícil.


And yet you're just so far,
Like a distant star I'm wishing on tonight ♪

Bi

Semana mais que atípica.
Minha faculdade em processo de greve. Não estou tendo aula, e continuo em Santos.
Aproveite o dia com a Bi pra gente fazer faxina em casa.
Tenho conversado muito com ela. Eu gosto de morar com ela, gosto do jeito como a gente se entende, mas gosto principalmente do jeito como a gente se desentende. É como se a gente fizesse isso de uma forma respeitosa. Tem dado certo. E eu nunca tinha falado sobre isso por aqui, senti vontade agora.
Eu gosto muito dela... de muita coisa que vejo nela. Estou feliz com isso.  <3
Não sei se seria importante pra mim morar com alguma outra pessoa por aqui, se não fosse com ela. Como eu não tenho coragem de falar isso pra ela, escrevo aqui, porque eu tenho que externalizar de alguma forma.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pensamento


"Pensamento que vem de fora e pensa que vem de dentro. Pensamento que expectora o que no meu peito penso. Pensamento a mil por hora, tormento a todo momento.Por que é que eu penso agora sem o meu consentimento?Se tudo que comemora tem o seu impedimento, se tudo aquilo que chora cresce com o seu fermento;pensamento, dê o fora, saia do meu pensamento.Pensamento, vá embora, desapareça no vento.E não jogarei sementes em cima do seu cimento."



O Ale hoje citou a primeira oração desse texto do Arnaldo Antunes e ele veio a se encaixar cá dentro, como algo que sela o que estava passando pela minha cabeça ontem, quando eu perdi o que eu estava escrevendo.
Em verdade não perdi. Alguém escreveu, descreveu exatamente como deveria ter descrito, e eu só precisava reproduzir.
Não somos mesmo tão singulares como gostaríamos, como talvez a gente acredite ser. Não em tudo.
Pensamento vem de fora, e pensa que vem de dentro.
Comecei a escrever um negocinho tão legal aqui, tava quase acabando, apertei alguma coisa que voltou varias paginas e eu perdi meu texto forever.
Magoei.
Mas queria refletir sobre essa mania que a gente tem de ser singular, ímpar... Quando na somos todos plurais, multifacetados e nos perdemos na insistência de acharmos um 'eu' verdadeiro, algo de puro, genuino em nós, que nunca encontraremos.
Somos várias expressões, opiniões, humores, principios, posturas e verdades que mesmo sendo muito diferentes entre si, de acordo com as varias situações a que nos expomos, se formam e se transformam constantemente, de modo a contornar todos os muitos 'eus' e suas partes que nos compõem. Essa é a riqueza, a generosidade, esse é o muito de que somos feitos. Que triste não dar-nos conta disso.

Queria de volta o texto em que tudo estava mais explicado, mas ele ja era forever. hueauheauhae todoschora.
Passamos por tantas fases, tantas sensações, posturas, humores, medos e impulsos que distinguem tanto entre si e mesmo assim, são tão nossos. Somos seres multifacetados, muitas vezes nos confundimos em meio a tantas partes de 'nós mesmos' que se perdem, se chocam ou se afastam entre si. Ainda assim insistimos naquilo de sermos singulares, únicos.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Socorro


Socorro! Não estou sentindo nada! Nem medo, nem calor, nem fogo.  Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir...
Socorro! Alguma alma, mesmo que penada, me empreste suas penas. Já não sinto amor, nem dor. Já não sinto nada... Socorro! Alguma rua que me dê sentido em qualquer cruzamento, acostamento, encruzilhada. Socorro! Eu já não sinto nada...
Socorro! Alguém me dê um coração, que esse já não bate nem apanha. Por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa! 
Qualquer coisa que se sinta... Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva.
Arnaldo Antunes.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

HA.

Eitaaa.. Voltar pra faculdade me consome em todos os sentidos!
Falta tempo, falta paciencia, falta organização, coragem. Aqui tudo fica mais intenso, melhor e pior, maior e menor, tudo muda, tudo se transforma numa velocidade que eu temo não conseguir acompanhar.
Para cada noticia nova, reajo de forma inesperada em relação ao que eu julgava que faria/pensaria.
Meu coração, num geral, ta se administrando, se entendendo, se conhecendo. Essa bagunça, essa tempestade de ideias, duvidas, sentimentos. E é bom. Eu estou gostando. Ocupa meu tempo, me ocupa e embora me preocupe, não me fere, não faz mal nem parece doentio. Ta divertido.
E tudo bem que nao esteja fazendo sentido. Nao tem que fazer. =D
Depois termino de escrever. Posso fazer isso? Posso. O blog é meu. To berrelde hoje. HA.
Btw, Zeca Baleiro e Arnaldo Antunes estão ownando na minha vida hojeeee! Só alegria.

domingo, 7 de agosto de 2011