quinta-feira, 23 de maio de 2013

Caso X

"Só vou falar com eles um pouco, que eu não gosto de gente civilizada, gente metida. Gosto de gente humilde. Eu gosto de pobre. Comigo é assim: quanto menos a pessoa tem, mais eu quero bem!"

"Eu tenho diabete, hipertensão, depressão... Agora vê essa moça... essa moça é muito bonita. Bonita feito uma rosa! Sendo bonita desse jeito, me diz, menina, o que é que você tem?"

"-Eu tenho depressão. Você sabe o que é depressão?
-Sim, eu sei.
-Ah,  você também tem?
-Não, mas é que tem um pouco disso que eu estudo.
-Então você não sabe. Quem estuda não sabe. Quem sabe, tem. 
(...)
 Se eu durmo bem? Sabe o que é deitar e não se por a dormir? 
É isso que é depressão. Depressão é medo... é um medo que a gente tem. 
Um medo escuro e feio, que não vai embora. E todo dia a gente não dorme. 
E todo dia a noite vem."

"Esses são meus irmãos. Essa é a mãe do Luis. Essa aqui é minha prima, mas ela também já morreu... É que essa gente vive morrendo!!"


...e a gente segue assim. 
Sentindo o gosto bom da surpresa.
Com a vida sendo feita de encontros, 
os encontros sendo regados a afeto, 
com as pessoas nos atravessando o trajeto
e nos orientando o viver.
Ainda que o façam na cegueira do saber,
ensinam com  simplicidade e encanto
a beleza que tem tanto
nessa gente 'bonita feito rosa'
gente que 'vive morrendo'
essa vida desgostosa,
mas não cessa de viver.

Um comentário:

Diz ai!