domingo, 30 de outubro de 2011

Abrir a janela

 Percebi que hoje por aqui não vai rolar clareza, coerência e nem coesão. O blog é meu, eu faço o que eu souber. hehehueauhehuea parei. XD
Eu vinha aqui pra falar das minhas incompletudes, mas mudei de ideia no meio do caminho.
E ja ia mudando de novo por que me lembrei daquela música (Efêmera) e ja ia mudar em seguida quando fiquei sabendo da Laura Pausini na tv.
Essa é que é a graça de tudo. A mudança que se faz presente em TUDO. A mudança que nos torna permeáveis a novas experiências e a novos aprendizados. A mudança, responsável pela nossa manutenção.
Toda essa inconstância que se faz paradoxalmente constante é o que mais encanta, é o que mais movimenta, é o que mais impulsiona. Consequentemente é o que nos provoca e nos transforma.
Diariamente me encontro em meio a dúvidas e incertezas que nunca serão esclarecidas, e que se forem esclarecidas, eu negarei. Dúvidas a meu respeito, a respeito do que me cercea e a respeito do que se faz tão longínquo. Qual é, como é e onde está a fronteira que me separa do que está externo a mim? Qual o meu papel nos lugares em que me encontro, nas vidas das quais participo... etc etc etc.
É fundamental que nem tudo seja explicado, que a curiosidade nos faça querer ir a outro lugar... a todos os outros lugares.
Há tanta ou mais luz num dia nublado, quanto deve haver num dia de Sol - a gente tem que abrir a janela e deixar a luz entrar.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Por muitas vezes me encontro com vontade de saber cantar, saber dançar, contar piada, escrever poesias, saber tocar instrumentos musicais, enfim... Realmente, esses desejos me são frequentes. Tanto são frequentes como, no entanto, são efêmeros.
Hoje o dia estava lindo. Convidativo. Convidou-me para conversar, argumentar, dançar, rir e sorrir comigo mesma. Ouvir o som das ondas nas pedras... o chiadinho que fica no ar logo em seguida... Foi tão íntimo, inspirador e singular.
E realmente, há dias como esses, em que para nós tudo está diferente. Não por paixão, família, amigos ou estudos... nem por trabalho e outras responsabilidades. Não por nada nem ninguém, além de nós.
O dia me soou diferente aos ouvidos, me foi desenhado em cores cujos contornos só meus olhos delimitariam; exalou cheiros e produziu sopros que me alcançaram intimamente... não porque o dia fosse especial de modo geral, mas porque muito de mim, hoje, amanheceu modificado, transformado e eu, sensibilizada pelo cenário, me permiti sentir e experimentar isso.
Dias como o de hoje me dizem muito a meu respeito, me apresentam a outras faces que eu produzo e reproduzo. Me modificam, renovam, modelam e me criam, diariamente. Dias como o de hoje me fazem lembrar do gosto bom de gostar de mim, de estar comigo, de ser minha e para mim. Não estou falando de egoísmo, individualidade. Falo de amor próprio, intimidade comigo e confiança em mim.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011



Que a primavera não é só de flores
Nem a vida só de amores
Rolam pedras nos caminhos
Mil pedaços de carinhos
Que nos fazem tropeçar, tem dó
Que pena
Se até o arco-íris perde as suas cores
Quando as nuvens beijam o mar
Se as canções já não falam de rosas
Seresteiros não fazem mais trovas
Conversando com o luar
Por trás de toda poesia
Havia um rosto de mulher
Num doce toque de magia
Enfeitiçando os corações
E os lampiões à meia luz
Iluminavam antigas paixões
E lá se foram os violões
E as canções que não se encontram mais
(Antigas Paixões - Fundo de Quintal)