quinta-feira, 24 de junho de 2010

o de sempre.

Hoje a professora Cida passou um filme 'Freedom Writers',excelente. Uma historia real,sobre uma professora de um colégio público e periférico dos EUA que, em contato com as diferentes realidades de vida que ela tinha em uma só sala de aula, enfrentou perigo, medo, pressão vinda de todos os lados e procurou melhoras tanto no que era ensinado, quanto no desejo dos alunos em aprender, no respeito de todos pelo que ela tinha pra passar. Eu fiz a minha redação, mas em redação a gente não pode se expressar em primeira pessoa, e isso me limita demais naqueles textos com formatos, némeros de parágrafos e paradigmas a seguir... por isso eu tenho um blog - um refúgio - e um diário. Aí vem muita ideiadesorganizada e talvez mal colocada. Ninguem precisa ler se nao quiser (:

Qualquer um que entre em contato com as historias do filme, e do livro citado nele, que eu ja havia lido (O Diario de Anne Frank, caso alguém se interesse), percebe a relação de isolamento, exclusão, desprezo que é dispensada àqueles que por qualquer razão são considerados inferiores (negros, ex refugiados de guerra, religiosos) no meio em que vivem.
Será mesmo que voltamos às concepções naturalistas e evolucionistas dentro das quais o determinismo impede o individuo de possuir qualquer mobilidade social mesmo que dentro do meio em que vive? Será mesmo que devemos aceitar que tendo essa ou aquela caracteristica, estamos destinados a sobreviver, a nao questionar e a nos submeter a esse tipo de sistema politico, e principalmente educacional que aliena o sujeito, quando deveria dar a ele condições concretas de sobrevivencia, de estabilidade e até mesmo de ascensão?
Continuaremos ouvindo que 'pobre não tem futuro' ou outras bizarrices do tipo, acusando as classes menos favorecidas pela violencia, pelo caos instalado no país, quando ao ignoramos e isolarmos, fechamos a porta da mobilidade social para esses individuos, abrimos a porta da marginalidade e da verdadeira guerra, dentro da qual o ser humano se zoomorfiza e simplesmente luta para sobreviver e talvez se sobressair dentro dos limites do meio em que está inserido. Isso é justo? Não, nunca foi.
É passada a hora de enxergar que na situação atual, a justiça já não se encarrega mais de encontrar e punir verdadeiros culpados por algo, mas de encontrar culpados que possam ser submetidos a punições por alguma atitude cuja maior relevância, já nem se trata mais serem de fato ou não o autor, mas ter alguém que o sirva para ser mostrado. Não podemos responsabilizar os mais abastados por um problema que há muito tempo responde em caráter nacional. É preciso que nos apliquemos na origem do problema: a educação -ou a falta dela.
São necessárias familias melhor orientadas, melhor estruturadas, condições melhores de acesso a transportes, empregos, e principalmente, escolas, institutos que contem com a atuação de profissionais devidamente qualificados, que amem o que fazem e que, principalmente, permitam que todos, independente de suas diferenças, tenham condições de evoluirem tanto em sua ética quanto em sua intelectualidade para que eles possam realmente sentir-se cidadãos com participação efetiva no desenvolvimento da sociedade que se inserem. Não há sistema, até então, habilitado e competente o bastante para culpar por problemas nacionais, uma população em cujo prato falta alimento para sobreviver. Uma vez encontrada a origem do problema, melhoram-se as condições de vida, investe-se em educação, aumenta-se a dedicação de muitos em prol do bem estar dos outros e então, bem e verdadeiramente educados, estarão esses capacitados cidadãos formados e transformados, aptos para prosseguir atuando de modo a desencadear novas boas e decentes formações.
O ser humano precisa entender que sozinho, não vai mudar o mundo, mas que cada um de nós, tias, avós, adolescentes, professores, faxineiros, recepcionistas, grandes empresários e carteiros temos, dentro de nossas limitações, a possibilidade de acender uma luz, por menor que seja, dentro de uma sala escura.

2 comentários:

  1. maaaah eu acho que vc se revoltou quando viu esse filme eim?????
    ele foi tão marcante pa ti, mais do que qualquer outra coisa assim!!!!
    saudadees vetooor te amooo

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  2. Nossa, amigaaa... Queee post 'pequenino', super singelo... uhauuaahauhauhaaha... Vc é muito multi-cultural.. Entende um pouco de td, conversa sobre td e escreve sobre tudo.... Aiiii, me ensina a ser fodona como vc??? Por favorr..!! uhauahuah.. Teee amoO muitoO!

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Diz ai!