quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Manu

São Paulo,19 de fevereiro de 2011.

Piminha lindaa...
Lembro-me que voce se magoou quando seu pai disse que voce estaria sozinha pois seu namorado e sua amiga estariam longe de voce.
Não sei o que voce define por solidão, Manu, mas a ideia que eu tenho a respeito de se estar sozinha, felizmente nao coincide com a do seu pai.
Se voce concorda com ele, piminha, sinto muito por te deixar aqui 'sozinha'.
No entanto a minha opinião gira entorno do fato de que, para sentir-se só, é necessário estar sem carinho e sem amor verdadeiros e intensos o bastante para nos preencher o coração. E esse não é o nosso caso.
Desde meus quatro anos de idade eu sei quem é Manuella. E mesmo que nossa convivencia não tenha sido frequente e corrida ao longo desses ultimos quatorze anos, eu nunca me esqueci de quem era a Manuella que estudou comigo na pré escola.
Temos fotos juntas, Manu, lembra? Duas pequetiticas com roupa country, dançando na colação do Pré! E hoje somos duas garotas escandalosas que piram em musicas sertanejas, vão até o chão quando ouvem funk e sabem se virar e todo bom pagode! Somos mais que isso... somos companheiras ao confidenciar, desabafar, brincar, descontrair e respeitar.
Eu acredito na magnitude da amizade que construímos, sem a ajuda de mais ninguém.
Se um dia fomos apenas conhecidas ou colegas, hoje só não somos irmãs graças a peripécias da Genética e de nossa arvore Genealógica.
Dessa forma, minha piminha, não pense que por não estar morando aqui tão perto, na mesma cidade (mesmo bairro), voce esteja me perdendo ou ficando sozinha.
Juntas nós fizemos da nossa amizade uma relação de respeito e companheirismo, e nós sabemos do quanto isso raro, já que cuidamos tão bem do nosso tesouro. Nossa amizade não é sólida e invejável porque moramos perto uma da outra, e sim porque amamos e respeitamos uma a outra, como irmãs se respeitam e se amam, e ESSA é a nossa essência. Portanto não se permita acreditar no que talvez lhe digam.
Estando em Santos, Bauru, São Carlos ou São Paulo... eu não me esqueço do que temos, do que semeamos, do que regamos e do que colheremos ao longo de nossas vidas.
Eu faço questão que em sua mente estejam claras as mesmas certezas que eu tenho... por isso lhe escrevo.
Sendo nossa amizade baseada em princípios e elos tão fortes, confie que a distância não seja capaz de comprometê-los, que o tempo e a saudade sirvam como incentivos para expansão do carinho e do respeito que temos e para elevação da importância de cada reencontro,  e que Deus não nos deixará de guiar, proteger e abençoar nem sequer por um segundo, uma vez que respeitando o Amor que ele pregou, chegamos aonde estamos, da forma que somos.
Assim, minha amiga, mantenha-se em paz, e tenha na distância o motivo que nos levará a encontrar formas outras de mantermos nosso tesouro bem guardado em tamanho e valor. Procure a mim sempre que sentir necesidade, como voce sempre fez! Não hesite em me chamar, para conversar, dar risada, pedir conselhos e falar sobre como voce está. Somos grandes o bastante para enfrentar o tempo e a distância que quiserem nos ameaçar. Passaremos por tudo isso com o louvor que alcançamos para chegar até aqui e dessa forma, nenhuma de nós estará sozinha!
Eu confio em você, e sou grata pela confiança que voce sempre depositou em mim.
Obrigada pela sua amizade, e não duvide nunca do meu carinho por voce, minha eterna amiga!
Obrigada por tudo!

Mayara Lima.

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