sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Terça-Feira, CPTM

Era um dia dos mais comuns. Eu saí para almoçar com um amigo que não via há um tempo. Como o combinado era a estação do Tietê, longe da minha casa, optei pelo transporte público e fui de trem, depois seria metrô. Quem nunca presenciou ou nunca ouviu falar dos tipos de figuras que encontramos num vagão de trem, provavelmente vive em Nárnia, e não aqui! Em pleno meio-dia, sol a pino, as pessoas com calor e vestidas com a liberdade que o verão permite, dividiam vagão com um cidadão, digamos, atrevido.
O rapaz decide, por alguma razão, que vai seduzir com vigor as senhoritas que estão ao seu redor, inclusive eu, e (Deus abençoe a ironia) ele realmente coloca o plano em ação! Sem pensar muito, sem se preocupar em desagradar ou desrespeitar, o jovem se empenha nos carões mais descarados e em poses que ele devia realmente julgar sensuais... e na cabeça daquele moço devem transbordar 1001 maneiras provocantes de segurar e se apoiar no ferro, em pé, num vagão de trem.  Santa eficiência!
O triste foi a cara de decepcionado da criatura ao ver as jovens do vagão indo embora. Ele provavelmente acreditava em feedbacks como sorrisinhos, talvez algum número de telefone, ou quem sabe “pisadelas e beliscões” que lhe rendessem ao menos um encontro. Nada disso parece ter acontecido.
E o jovem provavelmente vai continuar apostando no seu charme inquestionável. Afinal de contas as mulheres é que devem ser cegas ou estranhamente imunes às táticas de sedução infalíveis do garoto porque com os tantos truques incríveis é que não há nada de errado, claro. Já não se fazem mais paqueras como antigamente!

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