sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Por muitas vezes me encontro com vontade de saber cantar, saber dançar, contar piada, escrever poesias, saber tocar instrumentos musicais, enfim... Realmente, esses desejos me são frequentes. Tanto são frequentes como, no entanto, são efêmeros.
Hoje o dia estava lindo. Convidativo. Convidou-me para conversar, argumentar, dançar, rir e sorrir comigo mesma. Ouvir o som das ondas nas pedras... o chiadinho que fica no ar logo em seguida... Foi tão íntimo, inspirador e singular.
E realmente, há dias como esses, em que para nós tudo está diferente. Não por paixão, família, amigos ou estudos... nem por trabalho e outras responsabilidades. Não por nada nem ninguém, além de nós.
O dia me soou diferente aos ouvidos, me foi desenhado em cores cujos contornos só meus olhos delimitariam; exalou cheiros e produziu sopros que me alcançaram intimamente... não porque o dia fosse especial de modo geral, mas porque muito de mim, hoje, amanheceu modificado, transformado e eu, sensibilizada pelo cenário, me permiti sentir e experimentar isso.
Dias como o de hoje me dizem muito a meu respeito, me apresentam a outras faces que eu produzo e reproduzo. Me modificam, renovam, modelam e me criam, diariamente. Dias como o de hoje me fazem lembrar do gosto bom de gostar de mim, de estar comigo, de ser minha e para mim. Não estou falando de egoísmo, individualidade. Falo de amor próprio, intimidade comigo e confiança em mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Diz ai!