sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Devaneio

É como se pensamentos e emoções - constantemente articulados- transbordassem dúvidas já respondidas, mas das quais não se afastaram as interrogações.
Como se a lagoa perene na qual se descansava há um segundo, agora apresentasse ressacas e correntezas contra as quais estamos nós mesmos, a nos saciar e a nos afogar.
A calmaria aparente, retratada na parede das lembranças mais recentes, desmorona e se desintegra. Organizam-se quadros caóticos, não assinados, evitados. Não se pode ignorá-los.
Somos emoção, somos razão. Somos lagoa, somos mar, somos oceano, somos goteira, somos deserto (de certo!). Ainda que ao sobrarmos pensemo-nos tudo, em verdade nada somos, senão, sertão.

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