"Pensamento que vem de fora e pensa que vem de dentro. Pensamento que expectora o que no meu peito penso. Pensamento a mil por hora, tormento a todo momento.Por que é que eu penso agora sem o meu consentimento?Se tudo que comemora tem o seu impedimento, se tudo aquilo que chora cresce com o seu fermento;pensamento, dê o fora, saia do meu pensamento.Pensamento, vá embora, desapareça no vento.E não jogarei sementes em cima do seu cimento."
O Ale hoje citou a primeira oração desse texto do Arnaldo Antunes e ele veio a se encaixar cá dentro, como algo que sela o que estava passando pela minha cabeça ontem, quando eu perdi o que eu estava escrevendo.
Em verdade não perdi. Alguém escreveu, descreveu exatamente como deveria ter descrito, e eu só precisava reproduzir.
Não somos mesmo tão singulares como gostaríamos, como talvez a gente acredite ser. Não em tudo.
Pensamento vem de fora, e pensa que vem de dentro.
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